Karol Lannes, que ficou conhecida por seu papel como Ágata em “Avenida Brasil”, conversou com a Quem sobre empoderamento, movimento corpo livre e rejeição aos padrões de beleza.
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Hoje com 21 anos, a atriz disse que se apoiou na família para o processo de construção de sua autoestima. “Tenho uma família que sempre prezou muito o diálogo. Também prezo muito o diálogo e quando encontro pessoas que não sabem dialogar, fico meio assim. A minha autoimagem veio muito também da minha família, dessa mania de querer ir atrás das coisas, de ser mais independente. Mas, no fim das contas, ela se concretizou mesmo depois da maioridade, depois que fui morar sozinha e que tive certas experiências e passei por perrengues. Com o tempo, vamos nos conhecendo, é algo natural. Para mim, minha autoimagem está em constante construção, desconstrução e reconstrução”, afirmou ela.
Mesmo assim, admitiu que ainda tem dias ruins em relação a sua autoimagem. “Tem dias em que estou ‘de mal’ [com o corpo] e dias que estou melhor. Tem TPM, menstruação… Na minha opinião, estar segura é saber que quem mora dentro desse corpo não muda – independentemente se ele está mais gordo, mais magro, mais azul, mais bege, mais vinho. É aceitar que essa pessoa não depende de um corpo para ser boa e ter uma vida feliz. E sempre cuidar da minha saúde”, disse Karol.
Por conta de trabalhar na mídia, contou que já sofreu com os padrões de beleza. “Todo mundo sofre essa pressão estética, todas nós mulheres sofremos. Nós nunca seremos perfeitas aos olhos da mídia porque, se isso acontecer, nós paramos de consumir o ‘que nos deixa mais próximas do padrão perfeito’. Se pararmos de consumir, a indústria para de girar e explode tudo porque se estivermos satisfeitas, ela não ganha dinheiro. Existe a gordofobia, o racismo, os diferentes tipos de preconceito dentro dessa pressão estética que todas nós mulheres sofremos”, lamentou.
Mas, ressaltou como sua vida mudou quando aprendeu a se amar. “E também quando parei de aceitar menos do que eu mereço. E tento passar isso para meus seguidores, porque eu acho que, se eu quiser trabalhar com internet, eu tenho que trabalhar com propósito e o meu propósito é esse: tornar o meu processo uma inspiração para algumas mulheres. Dividir as nossas dores nos torna mais fortes também”, contou a atriz.
“Acho que deveria ter mais [corpos como o dela], mas, aos poucos, estamos ganhando chão. Faltam corpos negros, corpos gordos, corpos reais… A mídia ainda é muito padronizada, mas isso está mudando. Essa série que filmei tem uma diretora incrível, uma mulher visionária, que tem planos de revolucionar o audiovisual. Gosto muito dessa ideia dela de um trabalho mais humanizado”, concluiu ela.
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